sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Projeto Jobim Jazz

Depois de debruçar-se sobre a obra de Tom Jobim junto a uma orquestra em “Jobim Sinfônico” e trazer à luz as composições do maestro Moacir Santos no projeto “Ouro Negro”, o compositor e arranjador Mario Adnet agora apresenta o seu projeto “Jobim Jazz” – que sugere uma conexão da obra de Jobim com os naipes de Moacir – para os palcos de todo o país. Dividido originalmente em dois CDs, lançados em 2007 e 2011, o trabalho agora ganha vida ao vivo em uma turnê nacional a partir do próximo dia 25 de setembro, quando será a estreia no Teatro Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

Em Brasília, a apresentação acontece na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional, no dia 26 de setembro, quinta-feira, a partir das 21h, com a presença especial do bandolinista Hamilton de Holanda. A produção local é assinada pela Giral Projetos Culturais. Em seguida, a turnê Jobim Jazz viaja Salvador (28/9); Recife (4/10); Fortaleza (5/10); Porto Alegre (18/10); Belo Horizonte (25/10); e termina em São Paulo (31/10), para a gravação de um DVD.

Com direção musical e arranjos do próprio Mario – também encarregado do violão no palco – a turnê Jobim Jazz conta com uma orquestra formada por 13 dos melhores músicos brasileiros e cobre cerca de 40 anos da obra de Antônio Carlos Jobim, que vai de meados da década de 50 até os anos 90, fase final da carreira do maestro. No repertório lapidado para as apresentações, um passeio pela carreira universal de Tom através de standards como “Wave”, “Samba do Avião”, “Surfboard”, “Mojave” e “Takatanga”, além de raridades como “Paulo Vôo Livre”e“Polo Pony”.

“Tocar justamente a música instrumental de Jobim, com músicos brasileiros maravilhosos, arranjos de metais e o molho completamente nosso, além de me alegrar a vida, dá a sensação de uma continuidade e da riqueza das misturas que resultaram em tantas novas e boas vertentes da música brasileira”, diz Adnet.

O jazz, que começou a dialogar com a bossa nova na década de 60, empresta sua identidade sonora mais forte, calcada nos sopros e no improviso, para a música de Tom Jobim. Mario faz uso desse intercâmbio musical para vestir com as cores do jazz um repertório sem obviedades e fruto de uma pesquisa profunda dentro do cancioneiro jobiniano. “A música de Jobim é de um espectro tão grandioso que pode agradar todo tipo de público”, afirma Adnet.

A Orquestra Jobim Jazz é formada pelos músicos Marco Nimrichter (piano e acordeon), Jorge Helder (baixo acústico), Ricardo Silveira (guitarra), Antonio Neves (bateria), Mafram do Maracanã (percussão), Eduardo Neves (flautas), Danilo Sinna (sax alto), Marcelo Martins/Josué Lopes (sax tenor), Henrique Band (sax barítono), Jessé Sadoc/Diogo Gomes (trompete), Everson Moraes/Wanderson Cunha (trombone), Philip Doyle (trompa) e Mario Adnet (violão, arranjos e direção musical).    
        
Em Brasília, com a participação do músico Hamilton de Holanda, a apresentação do projeto promete ser ainda mais marcante. Apontado como um dos mais talentosos músicos do país, Hamilton começou a se apresentar ainda muito jovem, aos seis anos de idade. Atualmente com carreira consolidada no Brasil e tendo obtido êxito em apresentações por todo o mundo, o compositor e bandolinista se soma à orquestra na homenagem a Tom Jobim.
O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Itaú BBA, realizado pela Flor de Manacá Produções Culturais.
  
Sobre Mario Adnet
Compositor, violonista, arranjador e produtor carioca, Mario atua profissionalmente desde 1980, quando foi lançado o disco “Alberto Rosenblit & Mario Adnet”. Em 1984, lançou seu primeiro disco solo, “Planeta Azul”. Nos anos 90, passou a ser gravado no exterior por intérpretes como Lisa Ono, Joyce, Charlie Byrd, Chuck Mangione, entre outros. 

Dez anos depois, Tom Jobim incluiu em seu último álbum, “Antonio Brasileiro”, o arranjo de “Maracangalha” (Dorival Caymmi) feito por Adnet, o que projetou seu trabalho. Em 2001, foi lançado o projeto “Ouro Negro”, um cd duplo – feito ao lado do músico Zé Nogueira – em cima da obra de Moacir Santos. Em 2004, Mario recebeu o Grammy Latino pelo CD duplo “Jobim Sinfônico”, com Paulo Jobim. 

Com uma trajetória intensa, Mario gravou os dois volumes de Jobim Jazz em 2007 e 2011, o que lhe rendeu – com o “+ Jobim Jazz” - a indicação de melhor arranjador na edição do Prêmio da Música Brasileira 2012. Recentemente, na edição 2013, foi vencedor em duas categorias: a de melhor projeto especial e melhor arranjador pelo CD “Vinicius e os maestros”. Mario também concorria – sendo este um feito inédito na história do prêmio – com outros dois trabalhos: “Amazônia – Na Trilha da Floresta” e “Um Olhar Sobre Villa-Lobos”.

Serviço
Jobim Jazz – Brasília
Local: Sala Villa Lobos - Teatro Nacional Cláudio Santoro
Data: 26 de setembro de 2013
Horário: 21 horas
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Pontos de vendas: bilheteria do Teatro Nacional
Informações: 3325 6256 /3034 6560

Imagem:Dani Gurgel

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