segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ultra conectada, geração Z exige nova abordagem de ensino

Classificar gerações de épocas específicas é um hábito que vem desde a Guerra Fria, quando a denominação foi de “baby boomers” para os nascidos entre os anos 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial. O súbito aumento da natalidade ocorreu especialmente na Europa, Estados Unidos e Canadá. Foi a primeira geração que cresceu diante da TV.

Posteriormente, a geração X, com pessoas que vieram ao mundo no final da década de 60 e início de 70, cresceu com grande senso de responsabilidade, comprometida com o futuro.  Viu a transformação do analógico para o digital, adquirindo a capacidade de conectar os dois mundos.

Nos anos 80, surgiu a geração Y. Cidadãos ambiciosos, com grande preocupação com suas carreiras. Um público ávido por inovações tecnológicas e também mais preocupado com o meio ambiente.

Dos anos 90 até a atualidade, o domínio é da geração Z. Essa sim, a mais diferenciada de todas. A letra que dá nome ao grupo vem de “zapear”, ato de trocar constantemente de canal pelo controle remoto.  Aliás, para eles tudo tem controle remoto. Impossível viver sem internet, celular, computador, ipods, Tvs em alta definição. A informação, em excesso, torna-se obsoleta rapidamente.

Porém, se na vida virtual tudo flui perfeitamente bem, na real surgem as dificuldades de relacionamento e problemas de interação social. São incapazes de serem ouvintes. Inclusive são conhecidos também como geração “silenciosa”, pelo fato de estarem sempre com fones de ouvido. São rápidos no pensamento, porém, incapazes de manter uma linearidade sobre determinado assunto.

Diante disso, a abordagem de ensino para a geração Z tem que ser outra. Seus representantes não têm paciência de acompanhar uma aula com lousa e professor falando ininterruptamente. Nesse sentido, a oficina de robótica, oferecida no Colégio Presbiteriano Mackenzie no Distrito Federal, é uma excelente oportunidade para os integrantes da geração Z expandirem suas habilidades, em aulas práticas e dinâmicas. 

Desde 2007, os estudantes participam de competições, como a OBR – Olimpíada Brasileira de Robótica, e a LBR – Liga Brasiliense de Robótica. No ano passado, os estudantes mackenzistas venceram a RoboCup com um protótipo criado para identificar e resgatar vítimas em locais de difícil acesso, atingidos por desastres naturais. Muitos deles mantiveram o interesse no tema e já avaliam usar a robótica nas áreas de medicina e odontologia, para melhoria da saúde.

Participam da oficina de robótica, alunos desde o 3º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. No futuro, poderão seguir carreiras científico-tecnológicas e contribuir para o desenvolvimento brasileiro nesse setor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário