quinta-feira, 13 de junho de 2013

Espetáculo Cru volta a Brasília

O premiado espetáculo CRU, dirigido por Alexandre Ribondi e Sérgio Sartório e estreado em 2009, já passou por mais de 50 cidades e faz nova temporada no Espaço Cena, entre os dias 13 e 23 de junho. Sucesso em Brasília, o espetáculo CRU já ocupou páginas dos jornais mais importantes do país, com destaque para a dramaturgia, de Ribondi, e o elenco renomado, composto por Chico Sant’Anna, Sérgio Sartório e Vinicius Ferreira. As sessões acontecem de quinta a domingo, às 21h (quintas a sábados) e às 20h (domingos) e os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

Num açougue à beira de estrada nos confins do Brasil central, um forasteiro chega para contratar os serviços de um matador de aluguel. Em meio a pedaços de carnes, gotas de sangue no chão, cachaças baratas e facas afiadas, um acerto de contas traz à tona lembranças do passado. Essa atmosfera permeia o espetáculo CRU, da Cia Plágio de Teatro, co-dirigido por Alexandre Ribondi e Sérgio Sartório. A montagem já ganhau diversos prêmios desde a estreia em 2009 em Brasília e fez temporadas pelo País e Exterior (Itália, Milão em 2010).

Alexandre Ribondi também assina a dramaturgia que narra o encontro perigoso entre o forasteiro evangélico Zé (Chico Sant'Anna), o violento pistoleiro de aluguel, Cunha (Sérgio Sartório), e o dono do açougue, um travesti chamado de Frutinha (Vinicius Ferreira). O texto de Ribondi discute temas atuais como a violência, a falta de segurança, a banalização da vida, a vingança e o ódio social.

O espetáculo também foi adaptado para o cinema, por Jimmi Figueiredo. O filme faturou os prêmios de Melhor Longa-metragem (Festival de Cinema de Brasília, 2011), Melhor Filme de Ficção, Melhor Ator, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora (Festival de Cinema Guarnicê, MA, 2012) e Melhor Ator (Festival de Cinema de Maringá, PR, 2012).

A Encenação
No açougue vivem o jagunço Cunha e sua amiga de infância, o travesti Frutinha, que é a dona do lugar. Zé chega ao local à procura de Cunha. Enquanto Zé e Cunha acertam os detalhes de um serviço a ser contratado, são observados por Frutinha, que tenta desvendar o verdadeiro motivo da chegada do forasteiro. Durante a conversa, lembranças e antigas dividas vem à tona, para desaguar em um final que surpreende. A partir do enredo tenso e do minimalismo nos recursos cênicos, a montagem transfere à encenação o papel da densidade atmosférica e da verossimilhança, gerando reflexões que ultrapassam o regionalismo e tratam de problemas enfrentados pelos grandes centros urbanos. 

A encenação é voltada para valorizar o texto e a interpretação dos atores. O cenário é objetivo, com poucos elementos cênicos. A luz é estática e naturalista. Acende no início e apaga-se no final, sem outras utilizações durante a apresentação. Também não há trilha sonora, só o som das facas, garrafas, copos e a respiração cadenciada dos fortes diálogos. O figurino veste os atores em tons crus. "O conceito da encenação nasceu a partir do título da obra: Cru. A ação dramática acontece em tempo real e em um único lugar, o açougue de Frutinha. O texto exige dos atores um mergulho profundo e pessoal nas personagens, para que a atuação seja completamente verdadeira", explica Sérgio Sartório.

Serviço
Onde: Espaço Cena
Preço: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Quando: 13 e 23 de junho
quinta a domingo, às 21h (quintas a sábados) 
20h (domingos) 

Imagem: Hugo Rocha

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