segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mulheres lindas, fortes e bravas


Se você acha que andar de patins é coisa de criança, tem de conhecer o esporte Roller Derby, e as meninas da primeira liga de Brasília, a Savanna Foxes.  A modalidade nasceu na década de 30, no Estados Unidos e de lá, para cá, muita gente está praticando o esporte.

O jogo, à primeira vista, pode parecer estranho, mas as regras são bem simples. Cada time é composto por cinco jogadoras, sendo uma Jammer (atacante), uma pivô e três bloqueadoras. 

Em uma pista oval, no primeiro apito do arbitro, o grupo de bloqueadoras e pivô começa a correr. No segundo apito, a Jammer corre também. Depois da corrida iniciada, a Jammer deve conseguir dar o maior número de voltas no primeiro grupo. Que por sua vez, tem o papel de impedir a ação da atacante. Mas atenção! O Roller Derby é um esporte de contato e veio para quebrar de vez a barreira de que, toda mulher é frágil e não gosta de fortes emoções.

No Brasil, as primeiras mulheres que se atreveram a encarar o Roller Derby e a formarem uma liga, (no Roller Derby é assim que são chamadas as equipes) foram as Ladies of Hell Town, de São Paulo. Em Brasília, as meninas do Savanna Foxes estão juntas há um ano. 

Lidyanne Beresnitzky, de 28 anos é a fundadora da equipe candanga. Ela conheceu o esporte através de uma revista e junto com algumas amigas, decidiram formar a primeira liga da Capital.

Com apenas um ano de formação, a liga já conta 10 meninas e a procura só aumenta. No dia em que a equipe, do Comunica Brasília foi conhecer a Savanna Foxes, conhecemos também, Erika Alves Lima, 31 anos, confeiteira, que depois de conhecer a liga pela Internet decidiu ver de perto o esporte. E Erika gostou tanto que entrou para o time.

Graciele Pacheco, de 29 anos, é gerente vendas, e também conheceu o Roller pela Internet. Ela contou que, nunca gostou de praticar esportes, muito menos frequentar academia, mas quando viu o Roller Derby teve certeza de que tinha encontrado o exercício perfeito. “Estava procurando alguma coisa na Internet, quando descobri o esporte. Lembrei que, quando criança eu andava de patins e gostava muito. Essa lembrança, aliada a uma personalidade forte, me fizeram começar a praticar”. Graciele acha que não é qualquer mulher que consegue praticar o Roller Derby. “Aqui não tem lugar para mulher que tem medo de cair e ficar roxa”, avisa.

Que elas não têm medo de se machucar, não há dúvidas. Mas também não há como negar que as atletas não deixam a vaidade de lado. Em dias de treino, além das roupas super transadas, que vão desde meia arrastão, até camisetas e shorts customizados, as meninas se maquiam como se fossem para uma festa. “Lindas, porém bravas!”, brinca Graciele.

A, estudante, Laiane Cristina Pereira, 19 anos, está na liga desde a sua criação. Ela conheceu o esporte durante um churrasco. “Eu estava conversando com alguns amigos, quando um deles me falou sobre o Roller Derby. Depois, disso assisti ao filme Garota Fantástica (filme sobre o esporte) e decidi praticar”, conta. 

Há seis meses na liga Jakeline Souza, 18 anos conheceu o esporte por intermédio de Laiane. “Como minha amiga praticava, foi mais fácil para começar. Além disso, encontrei o esporte perfeito, que junta explosão, força e determinação”, algumas das qualidades que todas as atletas compartilham”, enfatiza.

A liga treina todas as terças e sextas, das 18hh30 às 20h30, e aos sábados, das 18h as 20h, em frente ao Museu Nacional. Aliás, a falta de um local com a estrutura adequada para os treinos é um dos principais problemas enfrentados pelas garotas. “Quando tem sol, nós treinamos aqui. Mas como as chuvas estão começando, não vamos ter onde treinar”, reclama Graciele. A atleta contou, ainda, que tentou conversar com faculdades, que possuem quadras cobertas, mas a principal alegação foi que os patins estragariam o piso.

Outra dificuldade enfrentada pela equipe é a falta de patrocínio. Como o Roller Derby não é difundido no Brasil, poucos empresários se interessam em patrocinar o esporte. “Por esse motivo são as próprias atletas que acabam financiando uniformes e até aluguel de espaço. Assim é impossível o esporte progredir”, reclama Graciele. 

E, mesmo com as dificuldades, o esporte tem crescido no Brasil. Nos dias 12,13 e 14 de outubro aconteceu o primeiro Brasileirão de Roller Derby, no Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de onze equipes nacionais e contou até com a representante de Brasília. Lidyanne Beresnitzky, fundadora da Savanna. A moça foi única que conseguiu a realização deste sonho. “Como não temos patrocínio e não podemos parar nossa vida para participar do campeonato a “Lidy” vai representar a liga”, conta Graciele. A atleta contou ainda que, neste tipo de campeonato jogadoras podem se inscrever por si só e no local, entrar em alguma equipe.

Para praticar o esporte, o iniciante vai precisar gastar cerca de R$ 550, para adquirir os patins, capacete, luva e proteção para os joelhos. Além de muita disposição, uma vez que as garotas treinam pesado, com alongamentos, corrida e muito exercício muscular. O local mais apropriado para encontrar os equipamentos em Brasília, na opinião das meninas da liga é a Feira dos Importados. “Lá podemos pesquisar bastante e no final pedir um bom desconto”, assegura Jakeline.

Se você gostou do esporte e também quer praticar o Roller Derby, esta é a hora certa. A Savanna Fofxes estão recrutando mulheres fortes, com garra e determinação, para fazerem parte da liga. Para entrar em contato com as Savannas – Lidiane 9124-0478 / Jakeline 9290-9902 ou pela página do Facebook.

Nenhum comentário:

Postar um comentário