segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um ano sem Awy Winehouse

O refrão de He Can Only Hold Her, do album Back to Black, diz “o que há dentro dela nunca morre”. Bastaram dois discos e uma vida sem limites para que o que havia dentro de Amy Winehouse nunca morresse, mesmo após 23 de julho de 2011, dia em que o mundo foi surpreendido com a notícia de seu falecimento, aos 27 anos, vítima do consumo excessivo de álcool e drogas.

Um ano depois, a história da diva vai ser contada pelo pai, Mitch, no livro Amy – a História da Cantora Contada Por Seu Pai, que retratará a infância e adolescência de Amy, até se tornar uma das maiores artistas do século XXI. Lançado nos EUA no começo desse mês, chegará às livrarias brasileiras no dia 3 de agosto já como um sucesso.

A biografia vai expor a Amy que não aparecia nas revistas, mas não muito distante do que se ouvia em suas músicas. Winehouse não escondia o que sentia e se esforçava para viver como uma jovem, não como celebridade. Mesmo em seu disco de estreia, Frank, de 2003, ela já escrevia letras sinceras e ácidas, como  Stronger Than Me, onde canta sobre a necessidade que sentia de ser protegida pelo companheiro e pede ao namorado para agir como homem, enfrentando-o com uma pergunta simples: ”Você é gay?”.

Já no fenômeno Back to Black, o mundo conheceu uma face obscura da cantora. Amy compôs versos que exibiam as feridas pelo término do relacionamento com Blake Fielder-Civil, homem que a apresentou às drogas. O disco é um passeio pelo sombrio mundo de Amy, onde ela fala de drogas e solidão. “Achei que nunca mais iríamos nos ver. Hoje ele ri disso: 'Como assim, você achou que a gente nunca mais ia se ver? A gente se ama. A gente sempre se amou'. Mas não achei engraçado. Queria morrer", confessou em entrevista à Rolling Stone, logo após reatar com o marido, em 2007. 

Depois disso, Amy e Blake voltaram a se separar. Sofrendo, ela deixou que sua carreira e vida pessoal desmoronassem. A turnê foi cancelada, as tentativas de retomar a carreira fracassadas e as drogas a dominavam com mais intensidade, enquanto gravadoras e empresários tentavam trazê-la de volta ou achar uma nova estrela capaz de substituí-la. Amy não produziu mais nada após Back to Black. E nem precisava. Foi uma perda irreparável, mas seu talento e sensibilidade já tinham marcado a história da música e a vida dos fãs de forma a torná-la eterna.

Homenagens póstumas
Em 2011, enquanto fãs prestavam homenagem em frente à casa da cantora, no bairro de Camden Square, Patti Smith compunha This is The Girl, do disco Banga, em um estúdio de Nova York. “Escrevi um poema para Amy quando ela morreu. Meu baixista, Tony Shanahan, compôs outro pedaço da música e os dois combinaram perfeitamente”, contou Patti, em entrevista à revista NME.

Quem também se prepara para lançar uma homenagem é a banda Green Day. Intitulada Amy, a música já foi tocada nos shows da banda, e o vocalista Billie Joe confirmou que estará em ¡Dos!, disco que deve chegar às lojas no dia 13 de novembro.

Já Amy deixou muito material gravado. Parte dessas músicas foi lançada logo após a morte dela, no disco póstumo  Lioness: Hidden Treasures . Recentemente, o pai da cantora afirmou que devem sair mais CDs póstumos com covers e faixas inéditas.

Texto: Rosane Amaral

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