sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tecnologia do Samu pode salvar vidas em cinco minutos

Foto: Gerson Lucas
O Samu do Distrito Federal, conta com o que existe de mais avançado quando o assunto é problema no coração. O projeto Tele-Eletrocardiografia Digital vem salvando vidas, pois consegue diagnosticar diversas arritmias cardíacas por meio de Tecnologias de Informação e da Comunicação em pouco tempo.

Quando o usuário tem suspeita de problemas cardíacos, rapidamente o exame é realizado e enviado por celular para um cardiologista de plantão no Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo, esse especialista consegue diagnosticar o problema em cerca de 5 minutos e enviar o resultado de volta para o Samu.

No ano passado foram realizados 358 exames em todo o Distrito Federal. De acordo com o gerente de apoio ao Samu, Rodrigo Caselli, o serviço é essencial. “Temos um cardiologista de plantão 24 horas, podemos discutir o problema juntos e assim chegar ao melhor resultado”, afirma Caselli. O diretor contou ainda, que por causa do aparelho muitas vidas foram salvas.

A estratégia da Telemedicina, também conhecida como “segunda opinião médica a distância”, foi implementada na tentativa de um diagnostico mais rápido e eficiente. E segundo, Rodrigo Caselli isso vem acontecendo no DF.

Foto: Gerson Lucas

Existem 10 ambulâncias e um helicóptero do Samu, com aparelhos de eletrocardiograma que contam com tecnologia para a identificação de problemas cardíacos ainda no atendimento inicial ao paciente.

No HCor 6 médicos se revezam para a análise dos eletrocardiogramas. Além disso, o responsável por determinada ocorrência pode discutir o caso com os especialistas de apoio no HCor. O trabalho é realizado 24 horas e em tempo real. 

Como funciona o sistema de Tele-Eletrocardiografia Digital:

1. O socorrista do Samu (médico ou enfermeiro) conecta os eletrodos no peito do paciente;

2. O tele-eletrocardiógrafo (aparelho decodificador digital portátil) capta e grava a frequência cardíaca do paciente em apenas dez segundos;

3. O profissional de saúde entra em contato com a Central de Telemedicina do HCor por um telefone 0800 e informa os dados do paciente: como nome completo, RG, data de nascimento, sintomas e antecedentes de saúde;

4. Repassadas essas informações, o profissional do HCor libera para a transmissão do eletrocardiograma. O exame gravado no aparelho portátil é decodificado em sinais sonoros e transmitido ao HCor por um celular (“smartphone”) para a transferência dos dados em alta velocidade;

5. A Central recebe os sinais, que são decodificados para o traçado do eletrocardiograma, no computador. O tempo médio desse processo é cinco minutos;

6. Os cardiologistas do HCor analisam o exame, elaboram o diagnóstico e o enviam com sugestões de tratamento adequado aos socorristas do Samu;

7. O profissional de saúde que está na casa do paciente ou na ambulância recebe a informação em formato de mensagem de e-mail. O laudo também é repassado automaticamente para o médico da Central (local) de Regulação do Samu;

Foto: Gerson Lucas

8. Pela tela do celular, é possível visualizar o traçado do eletrocardiograma e todas as outras informações sobre o tratamento do paciente. O sistema digital permite o aumento da amplitude do traçado em até quatro vezes. O médico do HCor fica à disposição para discutir e sugerir condutas de socorro e tratamento baseadas em evidências. Todos os dados são arquivados em bancos de dados com confidencialidade e segurança, conforme recomendações internacionais e do Conselho Federal de Medicina.

Fonte: Ascom-SES/DF

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